sexta-feira, 25 de junho de 2010

a gárgula

A gárgula, elemento arquitetônico de uso corrente na Idade Média, aparece, com forma e dimensionamento diferente, até o século XX. Sua função principal é facilitar o escoamento de águas pluviais retidas no telhado de construções que utilizam platibandas no lugar de beirais e o termo se origina do francês gargouille: gargalo ou garganta. Na Idade Média, quando recebia certo destaque no contexto do edifício a que pertencia, apresentava formas humanas, de animais e mesmo de figuras mitológicas e monstros do imaginário popular.
Aqui vão três exemplos de gárgula encontradas na Catedral de Milão, na Itália e uma no Mosteiro dos Jerônimos, em Portugal:

gárgula utilizando a figura de um cachorro

a representação de um carneiro apoiado no ombro do pastor

e a mitológica figura do dragão.

figura mitológica também no Mosteiro dos Jerônimos, em Lisboa, Portugal.

domingo, 13 de junho de 2010

Francismore Trio - Tilike no vocal

Francismore Trio, grupo musical que atua na cidade do Porto, em Portugal, tem como vocalista Tilike Coelho, goiano de Catalão.

Ferreira Gullar recebe o Prêmio Camões

Instituído em 1988 pelos governos de Portugal e Brasil, o Premio Camões tem por objetivo premiar um escritor de língua portuguesa que tenha contribuído para o enriquecimento da literatura produzida no idioma português. Atualmente é considerado o maior premio literário da língua portuguesa destinado a distinguir um autor pelo conjunto de sua obra. Ao longo do tempo, foram premiados os brasileiros:

João Cabral de Melo Neto, em 1990;
Rachel de Queiroz, em 1993;
Jorge Amado, em 1994;
Antônio Cândido, em 1998;
Autran Dourado, em 2000;
Rubem Fonseca, em 2003;
Lygia Fagundes Telles, em 2005;
João Ubaldo Ribeiro, em 2008, e
O poeta Ferreira Gullar, em 2010.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

arquitetura rural de Goiás VIII


fazenda S. Jerônimo II, na região do rio Verdinho

Apesar de apresentar, como a fazenda São Joaquim I, uma composição próxima àquela encontrada nas construção tradicionais, também aqui os materiais são os que de mais moderno se pode encontrar em um período que poderia ser compreendido como de transição, dentro da arquitetura rural da região.
Apresenta paredes elaboradas em alvenaria de tijolo com estrutura em alvenaria armada; a cobertura é em telha francesa apoiada no tradicional pontalete (quando esse tipo de cobertura geralmente se apóia em tesouras); piso em cimento queimado e a organização interna que apresenta elementos próximos ao tradicional, associados a outros que fogem totalmente a essa semelhança.
O acesso ao interior desse edifício é feito através de um amplo avarandado em “L”, que ocupa toda a fachada frontal e parte de sua lateral direita. Fechado com uma pequena mureta de cerca de 60 cm de altura, esse avarandado apresenta, em determinados pontos, aberturas que facilitam o trânsito entre interior e exterior.

construção utilizada como residência para o caseiro

Organizada de acordo com as formas tradicionais, apresenta dois blocos, situados em níveis diferentes em relação ao terreno, onde deveriam estar claramente separados, na parte mais alta os espaços social e íntimo, e na outra, os compartimentos destinados aos serviços. No entanto, o que se tem é uma forma de organização e distribuição que, se já não representa o pensamento tradicional, também não traz ainda uma forma de estruturação representativa da racionalidade encontrada na arquitetura da época.
Apresenta em sua primeira faixa uma ampla sala e um peque quarto, que poderiam ser entendidos como a sala de visitas e o quarto de hospedes tradicionais. Em seqüência, uma pequena sala de distribuição, com aberturas em todas as suas quatro paredes, faz a ligação entre a sala, dois quartos laterais de dimensões diferentes e o segundo bloco, cujo piso está em um plano com cerca de 70 cm abaixo do nível do primeiro bloco.
No segundo bloco, uma grande sala em “L”, um quarto que geralmente é utilizado para costura e guarda de roupas, a cozinha e dois pequenos banheiros, cujos acessos são feitos pelo exterior da residência.
A forma com estão organizados os planos do telhado e a colocação de paredes no bloco de serviços demonstram que as partes do edifício não foram elaboradas em uma mesma época, além de não apresentar nenhuma preocupação de organização técnica da parte do construtor. Um dos banheiros se encontra com uma subdivisão do espaço da cozinha, enquanto que o outro é um acréscimo implantado na parte posterior da edificação.

vista da construção anexa, com depósito e área de serviços

Duas outras edificações de pequeno porte fazem parte do conjunto, sendo uma utilizada como anexo do edifício principal e a outra, um barracão de serviços adaptado para uso do caseiro.
Destoando das demais sedes de fazenda estudadas na região, a implantação se faz de acordo com os esquemas tradicionais, apresentando o curral na frente da casa, galpões e cercados para animais de pequeno porte, muito próximos ao edifício sede.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Vila Boa nos jornais XXXIII

o jornal A Matutina Meyapontense de 23 de dezembro de 1830, publicou a seguinte nota:

De hum comboio de 30 moleques novos que do Rio de Janeiro vinha para a Cidade de Goyaz, e pertencente a Sociedade – Mineralógica denominada Os seis amigos – desencaminhou-se nas alturas do rio Corumbá, districto de S. Cruz, hum moleque da nação Nhombombe de idade de 14 annos pouco mais ou menos, cor fula, e olhos vesgos, e há certeza de Ter aparecido no Sitio de Luiz de tal no Emburuçu, Chapada de S. Marcos: quem o pegar, e der disso parte a Pedro Gomes Machado na Cidade de Goyaz receberá de alviçaras do mesmo Machado 20$rs. E se o conduzir a dita Cidade receberá mais outros 20$ rs.

Livro sobre Octo Marques no FICA

Durante a semana de realização do FICA – Festival Internacional de Cinema Ambiental – na cidade de Goiás, será feito o lançamento do livro Octo Marques: trajetória de um artista, de autoria do arquiteto, artista plástico e escritor Elder Rocha Lima. O livro, que já teve noite de autógrafo em Goiânia, no mês de dezembro de 2009, será apresentado naquela cidade no próximo dia 10 de junho, às 19 horas no salão de eventos do Palácio Conde dos Arcos.
Nascido em 1915, Octo Marques faleceu em 1988, deixando um rico acervo de trabalhos em tela, aquarela e bico-de-pena e, uma história de vida que há muito merecia ser apresentada em livro. E é isso que Elder Rocha Lima faz.

Octo Marques: auto-retrato em bico-de-pena

Elder Rocha Lima, o autor do livro sobre Octo Marques

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Joana Peixoto no Martim Cererê

Nos dias 18 e 19 de junho, no Centro Cultural Martim Cererê, será apresentado o espetáculo Eu não nasci, com Joana Peixoto sob a direção de Deusimar Gonzaga.
De acordo com o material de divulgação, nesse espetáculo, “a poesia e a música se integram para compor a linguagem de uma mulher goiana fascinada pelos seus cinqüenta anos de idade. O tempo é o elemento que encadeia esta narrativa não cronológica”. Buscou-se, com isso, “o tempo poético que conduz a encenação de situações emblemáticas de uma vida rica de emoções, em um tempo que amadurece e ressignifica a juventude, que celebra e rejuvenesce o tempo passado.
O espetáculo se desenvolve com base em textos de Adélia Prado, Florbela Espanca, Martha Medeiros, Roseana Murray, Wally Salomão, dentre outros.

FICHA TÉCNICA
Concepção e dramaturgia: Deusimar Gonzaga e Joana Peixoto
Direção: Deusimar Gonzaga
Atriz: Joana Peixoto
Figurino: Júlio Van
Iluminação: Haroldo Di Piedro
Execução do Figurino: Caligrafia Moda
Ingressos no local: R$ 10,00