segunda-feira, 23 de agosto de 2010

mais poesia

Não se namora mais
como antigamente

a coisa agora
é mais urgente.

urgência – Gustavo Neiva Coelho
Desenho: o beijo - Roos

domingo, 22 de agosto de 2010

Joana Peixoto no Goiânia Ouro

Volta aos palcos de Goiânia, desta vez no Teatro Goiânia Ouro, o trabalho “Eu não nasci”, de Joana Peixoto e Deusimar Gonzaga. O trabalho que já havia sido apresentado no Martim Cererê, em junho, reúne poesia e música, no sentido de integrar e compor a linguagem de uma mulher goiana fascinada pelos seus cinqüenta anos de idade. O tempo, nesse caso, é o elemento principal que encadeia esta narrativa não cronológica, utilizando textos de Florbela Espanca, Roseana Murray e Adélia Prado, entre outros.
Vale a pena ver esse espetáculo, quem não teve a oportunidade de assistir sua primeira apresentação. Desta vez, dias 28 e 29 de agosto, às 21 horas no Teatro Goiânia Ouro, com os ingressos a R$ 20,00 a inteira e R$ 10,00 a meia. A direção é de Deusimar Gonzada e as fotos de ensaio de Laiza Vasconcelos.

fotos de Joana Peixoto no ensaio, feitas por Laiza Vasconcelos

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

o Paço da Liberdade em Curitiba

Edifício de caráter eminentemente art nouveau, o antigo edifício do paço, em Curitiba é um dos melhores exemplos desse tipo de arquitetura na cidade, tendo como responsável por seu projeto o arquiteto Roberto Lacombe. De acordo com o livro Espirais do Tempo: bens tombados do Paraná (2006), sua construção data dos anos 1914–1916, o que faz com que seja entendido como tardio dentro do modelo arquitetônico que representa.
detalhe decorativo em uma das portas laterais

Seguindo o modelo europeu de edifícios de caráter administrativo, apresenta um perfeito equilíbrio em suas fachadas, além de uma torre centralizada, sobre sua porta principal de acesso, com um relógio em seu ponto mais alto.

decoração do saguão de entrada

Amplas janelas e balcões curvos, uns em alvenaria e outros em ferro batido, compõem juntamente com outros elementos e figuras em relevo, um conjunto decorativo bem característico da arquitetura nouveau.
Restaurado recentemente, abriga, a partir de então, um centro cultural, com biblioteca, sala de leituras, livraria, café e salas para eventos.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

as gravuras e as cidades de ZèCésar

Acaba de ser publicado pela editora da UFG, o livro De gravuras e cidades, de autoria do gravurista e professor da FAV, José César Teatini de Souza Clímaco (ZèCésar), na mesma coleção (PRUMO) do livro de Jesus Cheregati que já mostramos aqui. De maneira clara e bem didática, ZèCésar discorre sobre os diversos processos da gravura como obra de arte, utilizando como exemplo, sua produção, as pesquisas desenvolvidas e caminhos percorridos no desenvolvimento de cada trabalho. Diferenciando o trabalho mecânico da impressão e o artístico da produção da matriz, o autor mostra a pouca diferença existente entre uma e outra, além da possibilidade de transformação do trabalho mecânico em atividade artística.
De leitura extremamente fácil, o livro de ZèCésar deve ser lido por todos aqueles que se interessam por arte e em especial pela gravura.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

arquitetura rural de Goiás X

fazenda do Paredão, na região do rio São Marcos

Uma das mais antigas construções da região ainda em uso, a sede dessa fazenda já passou por várias reformas, apresentando, em sua conformação, todas essas etapas de transformação.
Em seu corpo principal, construído em adobe e a parte mais antiga do edifício, estão a sala de visita e os quartos, sendo possível perceber, pelas marcas, a eliminação de duas paredes que serviram para incorporar o espaço de um quarto à sala. Em toda essa parte, o piso que era de tabuado corrido, foi substituído por cimento queimado. A estrutura é toda em madeira lavrada, travada por encaixe e a cobertura feita em telha canal.

detalhe da passagem entre o bloco antigo e o novo da construção

A parte posterior do edifício, de construção mais recente, provavelmente da década de 1940 ou 1950, é possível perceber o uso do tijolo queimado, a telha francesa apoiada em estrutura de madeira aparelhada com uso de tesouras, em evidente contraste com a parte anterior.
Fazendo a união entre os dois blocos, um espaço intermediário, situado em um nível oitenta centímetros mais baixo que o piso do corpo principal, está representado por um único compartimento, também com piso de cimento queimado e cobertura em laje plana. Tudo indica que essa parte do edifício foi a última a ser elaborada, objetivando unir o antigo edifício de adobe à nova construção, onde estariam estabelecidos a nova cozinha, despensa e banheiro.

vista do edifício utilizado como residência do caseiro

Cada bloco apresenta as aberturas utilizando materiais característicos da época em que foi construído. A parte mais antiga apresenta portas e janelas em madeira, montadas em calha, com enquadramento de madeira lavrada. No bloco posterior, assim como no que se coloca como intermediário, as portas são almofadadas e nas janelas aparece o uso do vitrô, tanto com folhas de correr como no modelo basculante.

detalhe do beiral

Aparecem, junto a esse edifício, duas construções anexas, sendo uma tão antiga quanto a ala principal da sede, e o outro, situado ao fundo, de construção bem mais recente, não chegando a dez anos de construção.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

patrimônio histórico XXIV

ponte Epitácio Pessoa



Com o fim da Primeira Grande Guerra, esperava-se que a linha de ferro que estivera estacionada desde 1914 às margens do Rio Corumbá, na estação do Roncador, prosseguisse rumo à antiga capital de Goiás. Isto, porém, nunca chegou a acontecer.
Em 1922 foi construída a ponte metálica Epitácio Pessoa, importada da Suécia e montada no local. Entretanto, por um erro de cálculo, a estrutura adquirida não foi suficiente para cobrir o vão necessário e um novo módulo teve de ser improvisado, com dimensões inferiores às dos outros, calculados para tal.

Representando um importante momento para o desenvolvimento da rede ferroviária no estado de Goiás, essa ponte foi, durante muito tempo, utilizada tanto para a travessia do Rio Corumbá pelos comboios da ferrovia quanto por carros automotores, transformando-se em um ponto de cruzamento da ferrovia com a rodovia.
Com a desativação do transporte de passageiros na década de 1980 e a retificação da linha férrea, a ponte Epitácio Pessoa deixou de ser utilizada, sendo substituída por duas outras, uma para a ferrovia e outra para a rodovia, ambas construídas em concreto, um pouco abaixo daquela primeira.
Abandonada e em estado adiantado de degradação, a ponte Epitácio Pessoa foi tombada por iniciativa municipal em 1987, e pelo Estado em 1998. Estas medidas, contudo, não significaram sua recuperação; até o início de 2002 mantinha-se abandonada, sem seu piso de madeira e com a estrutura metálica em avançado processo de oxidação. A proteção desse monumento é feita

na esfera estadual:
pelo Decreto n° 4.943, de 31 de agosto de 1998

na esfera municipal:
pela Lei n° 26/87

domingo, 1 de agosto de 2010

ainda os relevos

Voltando a falar sobre os relevos e carrancas utilizados como elementos decorativos na arquitetura, apresentamos aqui mais alguns desses elementos, encontrados em várias cidades, algumas na Itália, outras no Brasil.

Assim, podemos ver esses elementos aparecendo como pedra angular nos arcos e Veneza;

Como volume decorativo em uma parede na Estação Central de Milão;
Em um edifício público de Padova;
No Corredor Cultural do Rio de Janeiro, e

Em edifícios art nouveau, na cidade de Curitiba.