quarta-feira, 24 de março de 2010

patrimônio histórico XIX

Igreja de N. S. da Abadia, de Itaberaí

A Igreja Matriz de Nossa Senhora da Abadia, da cidade de Itaberai, antiga Curralinho, construída no local da antiga capela de mesma invocação, teve suas obras concluídas, de acordo com Derval de Castro, por volta de 1857, tendo como construtor responsável, o padre Francisco Brandão.
Até meados do século XX era a única construção religiosa existente na cidade, excetuando-se a capela de São Miguel, do cemitério da cidade inaugurada em 1911.

detalhe da torre sineira e janelas laterais

Não existe nesse edifício uma uniformidade em relação aos materiais e técnicas empregados, sendo a parede da direita executada em taipa de pilão, e as demais em adobe, não existindo também qualquer explicação ou justificativa lógica para que assim tenha sido feito, a não ser o fato de haver sido essa parede de taipa, remanescente da antiga capela, existente no mesmo local. No restante, a cobertura acontece invariavelmente em duas águas, caindo para as laterais, o que proporciona a existência do frontão, na parte superior da fachada. O beiral encachorrado acompanha o padrão tradicional e as aberturas de portas e janelas, com dimensões acima do normal, utilizam folhas cegas com calha em sua vedação e enquadramento feito em aroeira, com peças de 20cm x 20cm.

imagem antiga da igreja, de autor nao identificado

Internamente apresenta alterações na forma como se apresenta o forro e, o piso, originalmente de madeira, foi substituído por ladrilho hidráulico, provavelmente nas tentativas de modernização ocorridas nas décadas finais da primeira metade do século XX.
Apesar de datada de meados do século XIX, a Matriz de Itaberai apresenta as características próprias dos edifícios religiosos do século XVIII, tendo a diferenciá-la apenas a localização da estrutura de sustentação dos sinos, que originalmente é colocada em alinhamento com a fachada e, nesse caso, foi colocada junto à sacristia, na porção posterior do edifício.
Passou, ao longo do tempo por várias reformas e alterações, tanto internas quanto externas, tendo inclusive sua fachada sido completamente descaracterizada, no decorrer das décadas de 1930 e 1940. Em 1993 foi finalmente restaurada, com apoio do governo do estado, quando foram restabelecidas suas características originais.
Situada no centro da primeira praça da cidade, apresenta um perfeito entrosamento com as edificações de seu entorno, preservadas em sua maioria com as características originais da arquitetura setecentista do interior goiano. A proteção desse monumento é feita

na esfera municipal:
Pela Lei n° 465/89, de 11 de outubro de 1989.

Nenhum comentário:

Postar um comentário