segunda-feira, 5 de abril de 2010

patrimônio histórico XX

Fazenda Babilônia, em Pirenópolis

A sede do antigo Engenho São Joaquim, a atual Fazenda Babilônia, apresenta uma associação de elementos da arquitetura tradicional rural do período bandeirista, da arquitetura urbana do período minerador, além de elementos próprios, tendo em vista servir, ao mesmo tempo, como residência e engenho.
Como característica da arquitetura bandeirista destaca-se a localização do quarto de hóspede e da capela, em lados opostos, na parte fronteira do edifício, separados por um amplo alpendre. A união desses três elementos forma a ala social da edificação, o que determina uma área de proteção à parte íntima da residência.
A parte da edificação destinada à residência está estruturada como nas casas urbanas: os cômodos se desenvolvem lateralmente ao longo de um corredor central. Esse corredor que tem início na porta principal de acesso termina em uma ampla sala de convivência, denominada varanda, ligada tanto ao espaço da antiga cozinha, já demolida, quanto ao da atual, situada em posição oposta àquela. Ainda voltados para a varanda, existem quatro pequenos quartos, que limitam os fundos da edificação.
detalhe dos sinos da capela

Construída em adobe e pau-a-pique, com estrutura autônoma de madeira, dispõe de peças superdimensionadas tanto na estrutura das paredes quanto da cobertura, demonstrando uma possível preocupação com a interferência dos trabalhos do engenho na estrutura do restante do edifício.
No piso, como nas demais edificações da região, podem ser encontrados tanto o tabuado corrido como a mezanela, a laje de pedra e a mais recente substituição de alguns desses elementos pelo cimento queimado.
Por ser uma construção rural, há, em sua parte fronteira, um curral, para separação e ordenha do gado, cercado com muros de pedra. Tanto em uma das laterais do edifício-sede quanto na área que contorna o curral de pedras, observam-se referências de possíveis alicerces do que deveria ter sido a edificação das senzalas. Presume-se, pela extensão, que não deve ter sido uma construção pequena, já que um grande número de escravos deve ter servido nessa propriedade, levando-se em conta a documentação existente, além dos relatos de viajantes que por ali passaram no decorrer do século XIX. A proteção desse monumento é feita

Na esfera federal:
Processo 747-T-64
Inscrição 480, Livro das Belas Artes, fls. 87
Com data de 26 de abril de 1965

Na esfera estadual:
Pela Lei 8.915, de 13 de outubro de 1980

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