terça-feira, 1 de setembro de 2009

patrimônio histórico VIII


Casa de Câmara e Cadeia de Vila Boa

Construída em 1761, no reinado de D. José I, a Casa de Câmara e Cadeia de Vila Boa obedeceu a um projeto mandado da Corte especialmente para tal fim. Esse projeto que se encontra atualmente no Arquivo Histórico Ultramarino, tem uma cópia exposta no saguão do Museu das Bandeiras, juntamente com outros painéis explicativos da história não só dessa construção, mas de toda a vila e também da Capitania.

desenho existente no Arquivo Histórico Ultramarino, em Lisboa

Seguindo padrões já conhecidos, esse edifício é um dos mais imponentes da antiga Vila Boa, além de ser o maior com essa finalidade em toda a Capitania. Encontra-se situado estrategicamente na parte mais alta de uma das principais praças da cidade, o que, associado a suas características construtivas, empresta-lhe uma monumentalidade única.
Também no que se refere à organização interna, a Casa de Câmara e Cadeia segue algumas normas próprias desse tipo de edificação: no pavimento térreo encontra-se a cadeia e no pavimento superior, alcançado através de uma escada de madeira com guarda-corpo de balaústre torneado, estão os amplos salões destinados ã câmara e ao judiciário.

desenho feito pelo naturalista inglês Willian J. Burchell, em 1828

A fachada de elementos marcadamente maneiristas apresenta, na parte inferior, uma porta central de grandes proporções e sobreverga reta, ladeada pelas janelas gradeadas das enxovias. Na parte superior, janelas de balcão entalado, vergas e sobrevergas trabalhadas em linhas retas compõem o conjunto onde há a predominância de cheio sobre o vazio, uma característica dos edifícios construídos em taipa-de-pilão. Marcando o eixo de simetria do edifício, é possível ainda perceber a colocação de uma pequena torre que abriga o sino de correr, elemento indispensável a esse tipo de edifício.
Na década de 1950, as atividades originais foram desativadas e o edifício passou a sediar o Museu das Bandeiras, sofrendo algumas modificações para maior facilidade de acesso para os visitantes. A proteção desse monumento é feita

na esfera federal:
através do processo 345-T-42, com
inscrição 395 no Livro das Belas Artes, às folhas 77,
com data de 3 de maio de 1951;

na esfera estadual:
é protegido pela Lei nº 8.915, de 13 de outubro de 1980

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