quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

patrimônio histórico XIII

Estação Ferroviária de Pires do Rio

Inaugurada em 9 de novembro de 1922, a estação ferroviária de Pires do Rio foi construída à margem direita do rio Corumbá, em terreno doado pelo coronel Lino Teixeira de Sampaio, para a expansão da ferrovia em direção ao Oeste.
Parte do material utilizado na construção veio da cidade mineira de Araguari, mas muitos dos tijolos ali empregados foram fabricados no próprio local. Representou um grande avanço para o desenvolvimento do estado visto que a construção da ferrovia estava paralisada desde antes da Primeira Grande Guerra, pela dificuldade de importação do material necessário para sua expansão.

a estação com a cobertura da plataforma alterada

Para a travessia do rio Corumbá, em cuja margem esquerda se encontrava o final da linha, na estação de Roncador, foi necessário comprar da Suécia uma ponte em estrutura metálica, que por muito tempo serviu tanto para os comboios ferroviários quanto para os automóveis, pois nesse local se cruzavam essas duas vias de transporte.
De pequenas dimensões, se comparado aos outros existentes no estado, este edifício foi o elemento inicial de propulsão de desenvolvimento não só do núcleo urbano surgido à sua volta, mas também de toda uma região, que, através desse tipo de transporte, pôde tanto se abastecer de produto de outras regiões quanto exportar os seus.

a estação em 1924, dois anos após sua construção

A estação assumiu ainda uma posição de considerável importância, ao longo do tempo, em relação às suas congêneres, em decorrência de ser o ponto da estrada de ferro de onde partiam os ramais destinados a Goiânia, Anápolis e Brasília. Como a cidade de Ipameri, a estação de Pires do Rio serviu também de apoio à construção da nova capital federal.
contratado pelo proprietário das terras onde foi implantada a estação, um funcionário da E. F. Goyaz elaborou essa proposta para loteamento e construção de uma cidade junto ao conjunto ferroviário. A cidade foi implantada, mas com outro traçado.

Apesar da desativação do transporte ferroviário de passageiros, a estação mantém ainda suas atividades originais, atendendo atualmente apenas ao controle dos transportes de carga.
Com relação à sua composição arquitetônica, apresenta grandes semelhanças com as estações de Anápolis, Silvânia e Ipameri, com a mesma volumetria e qualidade de elementos construtivos e decorativos. A proteção desse monumento é feita

na esfera estadual:
pelo Decreto nº 4.943, de 31 de agosto de 1998.

na esfera municipal:
pela Lei 26/87.

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