O DIA 2 DE DEZEMBRO
O faustissimo dia 2 de dezembro, anniversario do feliz natalicio do nosso sempre adorado Monarcha, foi nessa capital festejado com toda a pompa e explendor compativeis com as nossas ainda acanhadas circunstancias.
Se a deficiencia de forças e meios que ainda hoje comprime a nossa provincia, sem embargo do impulso que ultimamente se tem dado ao seu desenvolvimento, não consentio que com a grandeza devida fosse commemorado um sucesso tão prospero e grandioso, ao menos é certo que soube S. Ex. o Sr. Presidente da Provincia, de sua bôa vontade e muito louvaveis esforços tirar recursos para que não passasse desapercebido entre nós um dia de tanta gloria e prazer para todo o Brasil.
Não foi um festejo official, mero cumprimento das sabidas regras da fria etiqueta, essa que aqui tivemos no dia 2 do corrente: as mais vivas e cordiaes demonstrações de jubilo e contentamento geralmente manifestados por todos os goyanos, vierão não só suprir as inevitaveis faltas, devidas às nossas peculiaridades circunstancias, como ainda demonstrar que sempre com geral satisfação vê Goyaz, bem como o Brasil todo, radiar a aurora desse dia soberbo e magestoso, que, para nos marcou uma epoca de agradavel, e sempre querida recordação.
Depois de um solemne Te Deum cantado na Cathedral em acção de graças ao Todo Poderoso, e ao qual concorrerão as autoridades, officiaes da guarda nacional, e da tropa de linha, empregados publicos, e mais pessoas gradas da capital, teve lugar o cortejo á Effigie de Sua Magestade o Imperador na sala do docel; em seguida houve parada da tropa de linha, e contingente da guarda nacional, actualmente em serviço; e cumpre confessar que uma e outra ainda esta vez apresentarã-ose com a galhardia e luzimento do costume.
Nessa ocasião foi saldado pelo official que dirigiu a parada o nome de Sua Magestade o Imperador, o de Sua Magestade a Imperatriz, e Familia Imperial. Enthusiasticos vivas geralmente repetidos responderão à voz do commandante.
Á noite S. Ex. o Sr. Presidente da Província deu um explendido baile, que apezar do máo tempo esteve muito concorrido e brilhante.
Ao descerrar-se a cortina que encobria a Effigie de Sua Magestade o Imperador, com cuja cerimonia se deu começo ao baile, alguns cidadãos entoarão um himno de louvor e graças, dedicado ao nosso Soberano, a orchestra acompanhou o cantico que era respondido por sua vez com enthusiasmo e prazer pelas inumeras senhoras e cavalleiros, que em pé circundavão a sala.
A letra e a musica do himno erão de composição de alguns de nossos patricios; não é pois pelo merito da obra, mas sim pela singeleza da offerta (...).
S. Ex. e sua nobilissima familia, mostrarão-se á todos affaveis e nimiamente cortezes; suas maneiras distinctas e delicadas souberão captivar á todos quantos, por tão festival motivo, tiverão a honra de comparecer em palacio.
Ate a madrugada do dia seguinte durou o baile sempre aprasivel e animado.
O faustissimo dia 2 de dezembro, anniversario do feliz natalicio do nosso sempre adorado Monarcha, foi nessa capital festejado com toda a pompa e explendor compativeis com as nossas ainda acanhadas circunstancias.
Se a deficiencia de forças e meios que ainda hoje comprime a nossa provincia, sem embargo do impulso que ultimamente se tem dado ao seu desenvolvimento, não consentio que com a grandeza devida fosse commemorado um sucesso tão prospero e grandioso, ao menos é certo que soube S. Ex. o Sr. Presidente da Provincia, de sua bôa vontade e muito louvaveis esforços tirar recursos para que não passasse desapercebido entre nós um dia de tanta gloria e prazer para todo o Brasil.
Não foi um festejo official, mero cumprimento das sabidas regras da fria etiqueta, essa que aqui tivemos no dia 2 do corrente: as mais vivas e cordiaes demonstrações de jubilo e contentamento geralmente manifestados por todos os goyanos, vierão não só suprir as inevitaveis faltas, devidas às nossas peculiaridades circunstancias, como ainda demonstrar que sempre com geral satisfação vê Goyaz, bem como o Brasil todo, radiar a aurora desse dia soberbo e magestoso, que, para nos marcou uma epoca de agradavel, e sempre querida recordação.
Depois de um solemne Te Deum cantado na Cathedral em acção de graças ao Todo Poderoso, e ao qual concorrerão as autoridades, officiaes da guarda nacional, e da tropa de linha, empregados publicos, e mais pessoas gradas da capital, teve lugar o cortejo á Effigie de Sua Magestade o Imperador na sala do docel; em seguida houve parada da tropa de linha, e contingente da guarda nacional, actualmente em serviço; e cumpre confessar que uma e outra ainda esta vez apresentarã-ose com a galhardia e luzimento do costume.
Nessa ocasião foi saldado pelo official que dirigiu a parada o nome de Sua Magestade o Imperador, o de Sua Magestade a Imperatriz, e Familia Imperial. Enthusiasticos vivas geralmente repetidos responderão à voz do commandante.
Á noite S. Ex. o Sr. Presidente da Província deu um explendido baile, que apezar do máo tempo esteve muito concorrido e brilhante.
Ao descerrar-se a cortina que encobria a Effigie de Sua Magestade o Imperador, com cuja cerimonia se deu começo ao baile, alguns cidadãos entoarão um himno de louvor e graças, dedicado ao nosso Soberano, a orchestra acompanhou o cantico que era respondido por sua vez com enthusiasmo e prazer pelas inumeras senhoras e cavalleiros, que em pé circundavão a sala.
A letra e a musica do himno erão de composição de alguns de nossos patricios; não é pois pelo merito da obra, mas sim pela singeleza da offerta (...).
S. Ex. e sua nobilissima familia, mostrarão-se á todos affaveis e nimiamente cortezes; suas maneiras distinctas e delicadas souberão captivar á todos quantos, por tão festival motivo, tiverão a honra de comparecer em palacio.
Ate a madrugada do dia seguinte durou o baile sempre aprasivel e animado.
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