segunda-feira, 29 de junho de 2009

il palazzo ducale di venezia

No livro As sete lâmpadas da arquitetura, John Ruskin fala, no capítulo dedicado à memória, sobre os capitéis do palácio ducal de Veneza, em que cita a representação simbólica da Justiça Abstrata, as virtudes e os vícios, cenas b'blicas, além do uso de aves, vegetação, trajes nacionais e animais de várias regiões dominadas por aquela cidade.
Existe, no entanto, na galeria voltada pra a praceta, uma coluna, não comentada por Ruskin, que apresenta em seu capitel uma sequência de cenas contando uma história interessante, principalmente pelo inusitado da situação. Não representa nenhuma das referências feitas pelo escritor inglês ou mesmo cenas históricas que enalteçam o poder ou os moradores do edifício em questão.
O que ali se pode observar é uma seqüência de oito imagens contando a história de uma família, desde o momento em que o casal se conhece até a morte do filho, com a representação de toda a tristeza dos pais.

cena 1: ela na janela e os dois conversam;

cena 2: os dois se encontram em trajes de gala (ele portando espada);
cena 3: com os mesmos trajes da cena anterior, ela coloca uma coroa de flores na cabeça dele enquanto com a mão direita toca a mão esquerda dele, que segura um objeto (?);

cena 4: eles se abraçam e estão a ponto de se beijarem;
cena 5: os dois deitados, sob cobertas;

cena 6: o nascimento do filho;

cena 7: o filho já criança crescida, entre os pais



cena 8: atristeza dos dois com o filho morto.

Quando esse trabalho foi feito, por quem e com que objetivo, é algo que mereceria atenção...

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