Inaugurada em 18 de novembro de 1912, a estação ferroviária de Catalão passou por várias modificações e reformas até apresentar a atual conformação, com sua fachada dentro dos conceitos do art déco. Forma, juntamente com a central de Goiânia, a de Campinas e a segunda construída em Goiandira, o conjunto de estações com essas características arquitetônicas, no estado de Goiás.
Seus elementos decorativos se desenvolvem principalmente na platibanda, através de uma composição escalonada na qual o nome da cidade se encontra grafado em relevo. A cobertura da plataforma, diferenciada das demais estações, é elaborada em laje plana de concreto, em oposição às tradicionais coberturas em telha francesa sustentadas por estruturas de madeira e ferro. Convém observar que essas são as características atuais desse edifício, após ter passado por várias modificações. Originalmente existia ali um edifício com características tradicionais e com cobertura em placas de ardósia, como acontece com a estação primitiva de Goiandira.
Como a Estrada de Ferro Goiás desenvolvia sua linha-tronco a partir da estação de Goiandira, fazendo ligação, na cidade de Araguari (MG), com o Triângulo Mineiro e com o estado de São Paulo, a estação de Catalão passou a representar um ramal, ligando essa linha inicial com uma outra, proveniente da cidade de Belo Horizonte. Pressupõe-se que, pelas negociações inicialmente ocorridas no século XIX, essa linha deveria ser a principal.
Construída na parte alta da cidade, essa estação não representou, como em outras localidades, uma barreira ao desenvolvimento urbano, passando a integrar perfeitamente as duas partes da cidade divididas pelos trilhos.
Como é usual nesse tipo de edifício, há, em sua parte fronteira, uma pequena praça, que, no caso específico de Catalão, se resume ao aproveitamento do recuo da estação em relação ao alinhamento dos demais edifícios. Isto faz com que essa praça – outrora local de estacionamento das charretes que transportavam os passageiros para o centro da cidade – se apresente de forma extremamente reduzida.
Hoje já não existem mais os galpões de depósito, nem as casas de funcionários; nos meses iniciais de 2002, foi demolida a construção utilizada como almoxarifado, além dos anexos existentes, para conferir uma melhor visualização e clareza ao edifício. A proteção desse monumento é feita
na esfera municipal:
através do Decreto n° 320, de 18 de junho de 2001.
Muito bom seu artigo. Me ajudou muito num trabalho que precisei fazer. Não esqueci de referenciar a fonte e espero que outras pessoas possam visitar sua página.
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