A produção arquitetônica ligada aos edifícios dos Correios e Telégrafos no Brasil, recebeu, durante o governo de Getúlio Vargas, uma grande preocupação com a inovação, tanto no que se relaciona à arquitetura quanto à sua inserção no espaço urbano. O interesse relativo à arquitetura se apresenta através de uma padronização, com a criação de uma série de modelos de edifícios implantados em todo o território nacional, de acordo com as necessidades locais de atendimento.
agência dos Correios na cidade de Pires do Rio
A questão urbana dessa proposta está relacionada à escolha do local para implantação do edifício, tendo em vista, em primeiro lugar, a facilidade de acesso para a população, já que um dos principais objetivos era o de transmitir a imagem de um serviço de caráter público implantado com a finalidade de atender o maior número de usuários possível. Em segundo lugar, essa escolha de local buscava um relacionamento mais fácil e direto com os meios de transporte a serem utilizados na condução e distribuição da correspondência, fossem eles rodoviários, ferroviários, fluviais ou mesmo aéreos.
Esses edifícios, praticamente todos eles construídos com as características próprias do déco, obedeciam a uma hierarquia: os mais requintados, em termos de efeitos formais e decorativos, eram implantados nas capitais e em cidades de maior porte; os núcleos menores ficavam com as agências de menor volumetria e de concepção mais simplificada.
em Goiandira, a mesma composiçao de fachada também pode ser encontrada
Sendo assim, os projetos desenvolvidos pela equipe do Departamento de Correios e Telégrafos (DCT), no Rio de Janeiro,
iam ganhando, conforme a classe, maior destaque nos pontos focais do edifício: a marcação vertical e o alteamento da platibanda no acesso principal; a introdução, em contraponto, de réguas horizontais, que enfatizavam a marquise e seguiam marcando na fachada zonas de abertura das esquadrias; os recuos mais pronunciados dos corpos laterais com o fim de também acentuar o acesso; as reminiscências de rusticação nos ângulos da edificação sublinhando os seus limites e, por fim, a introdução, no corpo principal da fachada, de imponentes caracteres em argamassa desenhando o nome “Correios e Telégrafos”. (Pereira, 1999, p. 110)
Tais características remetem esses projetos aos conceitos de composição próprios do déco, apesar de, segundo Pereira, sua linguagem formal não revelar a postura moderna das construções posteriores, como é o caso das agências de Natal, no Rio Grande do Norte, e de São Luís, no Maranhão.
iam ganhando, conforme a classe, maior destaque nos pontos focais do edifício: a marcação vertical e o alteamento da platibanda no acesso principal; a introdução, em contraponto, de réguas horizontais, que enfatizavam a marquise e seguiam marcando na fachada zonas de abertura das esquadrias; os recuos mais pronunciados dos corpos laterais com o fim de também acentuar o acesso; as reminiscências de rusticação nos ângulos da edificação sublinhando os seus limites e, por fim, a introdução, no corpo principal da fachada, de imponentes caracteres em argamassa desenhando o nome “Correios e Telégrafos”. (Pereira, 1999, p. 110)
Tais características remetem esses projetos aos conceitos de composição próprios do déco, apesar de, segundo Pereira, sua linguagem formal não revelar a postura moderna das construções posteriores, como é o caso das agências de Natal, no Rio Grande do Norte, e de São Luís, no Maranhão.
com uma nova composiçao, encontramos a agência do setor Campinas, em Goiânia
Assim, podemos ver nas cidades do interior de Goiás, e mesmo em várias outras regiões do Brasil, a implantação de agencias dos Correios e Telégrafos, utilizando o mesmo projeto, compondo famílias de edifícios que são identificados pelas populações a que servem, por características especificas formais e de composição.
antiga agência Central de Goiânia, em foto de época sem indicação de autoria.
Dentro desses conceitos arquitetônicos, encontramos em Goiás, as agências de Tipo Especial V nas cidades de Ipameri, Goiandira e Pires do Rio, entre outras, e o Tipo Especial X, na construção da agência do Setor Campinas em Goiânia. O primeiro modelo pode ser visto também em Itaguaí (RJ) e Chapecó (SC); já o segundo, está representado em Soledade, Nova Prata e Estrela, todas no RS. A agência Central de Goiânia, por fazer parte de outro conceito, não está representada em nenhum grupo arquitetônico, não apresentando também similar em qualquer outra cidade brasileira.
Outros exemplos e modelos existem e serão motivo de novos textos.
Outros exemplos e modelos existem e serão motivo de novos textos.
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