terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

patrimônio histórico XVII


Museu Ferroviário de Pires do Rio

Com o objetivo de dividir com a oficina de Ipameri os trabalhos ali desenvolvidos, em meados da década de 1940 iniciou-se a construção do galpão da oficina da Estrada de Ferro Goyaz, na cidade de Pires do Rio, com mão-de-obra e materiais vindos da cidade de Araguari, no Triangulo Mineiro.
Assim como a estação dessa cidade, o galpão foi construído com tijolo e cimento, com cobertura feita com telha francesa, escondida por uma platibanda escalonada. Há em sua fachada duas grandes portas que serviam outrora de acesso às máquinas necessitadas de reparo.

fachada lateral do museu, voltada para o local de implantação da cidade

O piso, parte em cimento e parte em chão batido coberto de brita, se apresenta em dois níveis: o da oficina é mais alto que o dos locais onde havia trânsito das máquinas dentro do galpão e no pátio de manobras, em seu exterior.
Apesar de não ter tido a importância e nem a demanda de trabalhos da oficina de Ipameri, esse galpão se manteve em atividade até à década de 1980, quando foi desativado. Poucas foram as modificações sofridas pelo edifício da oficina ao longo do tempo, dentre elas alguns detalhes na fachada, como a alteração de elementos na platibanda. Não houve, no entanto, nenhuma de ordem estrutural.
locomotiva "Maria-fumaça" 246, uma das muitas a circular em Goiás, hoje peça do museu

Tombado em agosto de 1987, através de lei municipal, passou, após ser recuperado, a sediar o Museu Ferroviário Goyaz, para o que conta com apoio sistemático da Agencia Cultural Pedro Ludovico Teixeira (AGEPEL), através da Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico.
Como peças principais de seu acervo, encontram-se ali as duas primeiras locomotivas que circularam em Goiás. O museu abriga ainda uma coleção de peças e objetos representativos do trabalho ferroviário, mostrando sua evolução ao longo do tempo, além de uma bem montada exposição de fotografias da cidade que evidenciam o seu crescimento e sua relação com a ferrovia. A proteção desse monumento é feita

na esfera estadual:
através do decreto nº 4.943
com data de 31 de agosto de 1998;

na esfera municipal:
pela Lei nº 26/87.

2 comentários:

  1. Excelente texto, e é sempre bom aprender mais. Entretanto, nem a locomotiva Mafra nº2 e nem a pesada 246 são as primeiras locomotivas que cirularam no estado. Ao contrário, podem ser consideradas dentre as últimas locomotivas a vapor que trabalharam no estado. A nº2, por exemplo, veio do Batalhão Ferroviário para ajudar nas obras de construção da linha para Brasília, em fins da década de 1960.
    As primeiras locomotivas a circularem no estado infelizmente parecem não mais existirem. Dizem até que várias delas foram cortadas como sucata no próprio prédio das oficinas de Pires do Rio.

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  2. ótima a informação. o que está no texto, me foi passado por funcionários da AGEPEL quando participei com eles de um inventário do patrimônio ferroviário do estado. a correção será feita.
    um grande abraço.

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