No final do século, novas reformas são efetivadas, com a expansão do centro urbano, construção de novas vias, mais largas e retilíneas, onde se estabelecem as principais residências nobres, ordenação das novas áreas a serem ocupadas, construções de uma nova muralha mais apropriada aos novos tempos e a construção de uma grande praça – a Praça Nova, atual Praça Ariostea – para onde deveria se transferir o centro cívico em oposição ao antigo, situado no centro da cidade velha.
São definidos no novo espaço, dois importantes eixos que se cruzam de forma perpendicular, onde são construídos dois imponentes edifícios: o Palácio dos Diamantes e o Palácio Turchi-di-Bagno.
Com tais reformas, Ferrara passa a ser vista como um centro urbano que expressa um grau de modernidade sem comparação em toda a Europa, influenciando praticamente todos os projetos desenvolvidos para as principais cidades italianas, como Roma, Milão, Florença e Gênova.
Convém observar que, ao longo dos séculos em que esteve no comando da cidade de Ferrara, a família d’Este teve sempre a preocupação de promover não só melhorias urbanas, mas também cercar-se do que existia de mais refinado na cultura da época, hospedando artistas, poetas, escritores e teatrólogos, entre eles, Ariosto (Orlando Furioso), Tasso (Jerusalém Libertada), Piero della Francesa e Roger van der Weyden, entre outros. De acordo com Marco Folin, também Leon Battista Alberti esteve em Ferrara a convite do Conde d’Este, tendo executado aí seus primeiros projetos, como a estátua eqüestre de Nicolo III d’Este e a torre da catedral.
O palácio dos diamantes tem uma arquitectura muito proxima da casa dos bicos de Lisboa. Bom trabalho sobre Ferrara. Despertou a curiosidade.
ResponderExcluirAbraço do outro lado do Atlantico