terça-feira, 14 de julho de 2009

patrimônio histórico II

Igreja de N. S. da Boa Morte de Vila Boa

A igreja de N. S. da Boa Morte teve sua construção concluída pela Irmandade dos Homens Pardos, no ano de 1779, estando localizada, segundo voz corrente, em um terreno onde antes existiu uma das casas de Bartolomeu Bueno da Silva.
Iniciado pelos militares que não puderam concluir sua construção em decorrência de uma proibição real que impedia militares de serem proprietários de igrejas, o edifício foi doado ainda inconcluso à irmandade dos Homens Pardos que possuíam uma pequena capela em ruínas, no Largo do Chafariz.
Igreja da Boa Morte em desenho de J. W. Burchell, na primeira metade do século XIX

Com exceção das paredes dos altares laterais e do fechamento interno do coro, que são de adobe, todas as outras são em alvenaria de pedra, rebocadas e caiadas de branco. Seguindo a tradição geral dos edifícios religiosos goianos, essa igreja não apresenta torre sineira, estando os sinos colocados em uma estrutura de aroeira, coberta com telha canal, com inclinação bastante acentuada.

detalhe decorativo no cunhal, do lado da sacristia

torre sineira e detalhe de janela emparedada, com o enquadramento ainda aparente

É o único edifício da cidade que apresenta em sua fachada, elementos característicos do barroco, e uma das duas únicas igrejas onde a planta da nave apresenta a forma de um octógono.
Em suas laterais, apresenta duas janelas que atualmente se encontram emparedadas que pelo lado interno fazem uma interessante composição com as aberturas do coro, do arco cruzeiro e das tribunas que, estranhamente se abrem para a nave e não para a capela-mór, como seria normal.
Em 1921 parte do edifício foi destruída em um incêndio que consumiu, além do altar-mor e da sacristia, várias imagens de madeira atribuídas ao escultor Veiga Valle.

imagem de São José de Botas, do escultor Veiga Valle, peça do Museu de Arte Sacra.

No ano de 1967, passou a sediar o Museu de Arte Sacra da Boa Morte. A proteção de mais esse monumento é feita

na esfera federal:
através do processo 345-T-42, com
inscrição 356 no Livro das Belas Artes, às folhas 72,
com data de 13 de abril de 1950;

na esfera estadual:
é protegido pela Lei nº 8.915, de 13 de outubro de 1980.

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