quinta-feira, 16 de julho de 2009

poesia como presente


colhi um poema
pequeno poema
entre as pedras irregulares
do quintal

guardei vontades
risquei verdades
(em tortas linhas)

pra te dar era o que eu tinha

agora busco
na manhã do décimo sétimo dia
a primeira flor no orvalho
como presente original

busco um sorriso de largos dentes

poema de rimas fartas

doce de delicado sabor

um presente que seja sinal,
definitiva lembrança
dos beijos e abraços
que serão sempre ternos
(eternos)

um presente – Gustavo Neiva Coelho
ilustração - pra que não haja dúvida -Lissitzki (para o poema-anel Liubliu, de Maiakovski para lilia brik)

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