A cerca de cem metros do centro principal de Vila Boa – o Largo do Palácio – uma residência veio abaixo, não por ser intencionalmente demolida, mas por uma questão que afeta grande número de monumentos construídos em nosso país: a falta de manutenção e preservação.
Elaborada em taipa-de-pilão, empregando a modalidade “formigão”, onde boa dose de pedras de pequenas dimensões é incorporada ao barro da taipa, o edifício não apresentava grandes dimensões, o que pode ser observado no que restou de sua construção em meio ao mato que no momento toma conta do local. O uso da taipa-de-pilão proporcionando paredes de 60 cm de espessura, oferece espaço junto às janelas, para a instalação das conversadeiras, que, pelo que sobrou da parede da fachada principal, ainda podem ser encontradas.
detalhe do que sobrou das namoradeiras junto a uma das janelas da fachada
O fato, ocorrido já há mais de um ano tem oferecido uma visão de decadência para quem passa pela rua do Horto, além, é claro, de uma dúvida: o que será feito no local? O que se tem percebido nas cidades históricas goianas é o surgimento no local dos edifícios desaparecidos pela falta de cuidados, de outros de gosto e qualidade duvidosos que, na maioria dos casos interfere na paisagem e no conjunto, pela sua volumetria desproporcional e uso de materiais que chocam ao serem colocados ao lado de outros, de caráter mais tradicional.
É esperar para ver...
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