domingo, 23 de agosto de 2009

patrimônio histórico VII

Casa de Cora Coralina

A casa da escritora Cora Coralina representa o modelo típico da arquitetura residencial desenvolvida no Brasil durante o período da colônia. Construída em um período anterior a 1782, teria sido seu construtor e primeiro morador, Antonio de Souza Telles, português que por algum tempo assumiu o cargo de Capitão-mor. Em fins do século XIX o edifício foi adquirido pela família da escritora.
saida da residência para o quintal

bica d'água no porão da casa

Composto de duas residências unidas sob um único telhado, apresenta dois corredores que fazem a ligação entre a via pública e o interior da casa. Com relação às técnicas construtivas, não difere do padrão comum aos edifícios residenciais da região: estrutura autônoma de madeira, paredes em adobe e pau-a-pique sobre alicerces de pedra, cobertura em telha capa-e-bica e, no piso, uma variedade de soluções, utilizando lajes de pedra, mezanela, tabuado corrido e tijolo queimado.

quarto da escritora preservado como era
local de trabalho, com máquina datilográfica e cadernos manuscritos
a cozinha com todo o equipamento utilizado para a fabricação de doces

Em decorrência do declive do terreno, já que se encontra construída praticamente sobre o limite do rio, o nivelamento do piso provocou o surgimento de um porão, onde pode ser encontrada uma bica d’água que, segundo voz corrente, seria proveniente de uma mina existente em terreno pertencente ao convento dos padres dominicanos, junto à igreja de N. S. do Rosário.
Após o falecimento da escritora, a casa foi adquirida pela Prefeitura Municipal, que a colocou à disposição da Fundação Casa de Cora Coralina, que mantém no local o Museu Casa de Cora Coralina.
Juntamente com outras edificações de interesse histórico e arquitetônico na cidade, não é tombado isoladamente, mas, tem sua proteção feita

na esfera federal:
através do processo 345-T-42, com
inscrição 73 no Livro Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico, às folhas 17;
inscrição 463, no Livro Histórico, às folhas 78;
inscrição 529, no Livro das Belas Artes, às folhas 97;
com data de 18 de setembro de 1978;

na esfera estadual:
é protegido pela Lei nº 8.915, de 13 de outubro de 1980.

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