Estabelecido em Goiânia no decorrer da década de 1940, o engenheiro polonês Kazimiers Bartoszenvski (conhecido à época como Kaika), foi responsável por uma série de projetos construídos na cidade, indo de construções residenciais, edifícios públicos e religiosos.
Entre os edifícios projetados por ele, o de maior relevância, é o que atualmente abriga o Museu Estadual Zoroastro Artiaga, na Praça Cívica e, originalmente construído para ser a sede do DIP, a polícia política do governo Vargas.
Construído em dois pavimentos, com características déco, apresentava no térreo, um amplo salão, onde se destacava uma monumental escada centralizada. O segundo pavimento, dividido em salas – quatro de um lado e duas maiores do outro - recebia, em sua parte central uma cobertura translúcida, que não chegou a ser construída por falta de mão-de-obra qualificada. Através dessa cobertura, que no projeto aparece com a indicação de ser de vidro, receberiam ampla iluminação tanto a escada quanto o vazio do mezanino, junto à porta principal de entrada.
Graças ao uso de novas tecnologias, como o concreto armado, essa nova forma de tratar a organização interna dos edifícios contribui para o desenvolvimento de uma maior criatividade na elaboração dos projetos. Vãos, mezaninos e escadas, assim como sua relação com o conjunto geral da edificação, passam, de certa forma, a ser trabalhados com maior intensidade.
Além desse projeto, destacam-se na obra de Kazimiers Bartoszenvski, uma vasta produção na elaboração de material gráfico, como cartazes e mesmo capas de livros publicados na nova capital – entre eles “O pito aceso” do prof. Pedro Gomes –, além do Seminário Santa Cruz de Silvânia, no interior do estado.
As ilustrações apresentadas têm seus originais, o Museu, no Dep. De Patrimônio Histórico da AGEPEL, e o Seminário Santa Cruz, no IPEHBC.
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